Quem sou eu?
- Luana Souza
- 21 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
Pensaram que as duras palavras não iriam me ferir e que as cicatrizes não iriam me influenciar. Me apoiaram enquanto eu fiz o que queriam e quando finalmente pedi um tempo para mim e para descobrir o que eu quero, me atacaram. Gritaram comigo, tentaram ouvir mas quando viam que era sério, me ignoravam. Antes, gritavam comigo quando meu resultado não era esperado. Depois, me colocaram em uma roupa que não é minha e me ensinaram belas palavras, que um dia me ajudariam a ganhar uma vaga de emprego. Me forçaram a decidir algo para estudar agora, "mas se possível arranja um emprego também, ok?". Me aterrorizaram durante toda a minha vida escolar, falando que cada grau era mais difícil, que chorar era inevitável e que depois do médio, seus pais não se importam tanto com você (sua saúde mental) eles se importam em como vão lhe apresentar para os amigos: "Ah, meu(a) filho(a) cursa Direito/ trabalha". Cobraram depois que eu permanecesse com 39 desconhecidos, que não sabem o que esperar do futuro e muito menos o que estamos fazendo ali, nesse ponto de vista, até que somos iguais. Enquanto isso, me deram um emprego que pra falar a verdade, eu aprendi a gostar por causa do dinheiro que ganho no fim do mês. Mas apesar de tudo, eu ainda penso que eles acham que isso é o melhor para mim, e agora pergunto: VOCÊS QUE SÓ QUEREM O MEU BEM, QUE ME CONDUZIRAM SEMPRE, ME DIGAM O QUE SOU. E AÍ, O QUE EU SOU? POR QUE SINCERAMENTE, ME VEJO COMO UM NADA.

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